segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Maternidade...


No dia em que descobri que seria mãe de uma bebezinha, escutei Nando Reis na rádio e fiquei pensando... Qual deverá ser a cor do amor? E a cor da maternidade? Enfim, é óbvio que a pergunta ficou rolando e a poesia do Nando Reis também...

Com a maternidade, é impressionate como estou sentindo vontade de acompanhar e realizar cada coisinha... Os móveis do quarto, a decoração, os materiais orgânicos e artesanais para o berço... Me dá inclusive vontade de confeccionar tudo, sabe? Infelizmente como tenho mais olhos (imaginação) do que mãos (capacidade de realização), vou recorrer à ajuda de outras pessoas. Espero que essa jornada seja representada como uma alegre mistura de gostos e matizes do pai, da mãe e da bebê.

Assim, compartilho um pouco do colorido que sinto ao longo da espera da minha pequena CORA!

"Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar"

Nando Reis